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Mostrando postagens de novembro, 2008

Paz interior

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Entre ruas movimentadas, pessoas apressadas, carros passando acelerados com seus motoristas estressados, gente atrasada para chegar em algum lugar, conversas, preocupações, ela passeava pela multidão numa solidão necessária. Colocou os fones nos ouvidos e numa música leve e alegre entrou em um mundo só dela. Um lugar tranquilo! Sorria para os que passavam, tantos rostos desconhecidos. Admirava as poucas árvores que ainda restavam naquela selva de pedra que se tornou sua cidade. Analisou tudo o que havia vivido até ali. Tantas dificuldades, perdas, desilusões... Concluiu que os problemas se tornam pequenos quando se olha a vida com outros olhos e talvez assim mais fáceis de serem resolvidos. A vida sem problemas não teria graça. Aquela dor no peito que a incomodava por tanto tempo enfim aliviara. Já conseguia respirar melhor! E entre a correria das pessoas, ela caminhava sossegada, desviando de cada um que passava, em paz consigo mesma. Naquele dia lindo de sol e um céu azul

Depoimento de um sobrevivente

Minha vida poderia ter sido um tanto normal, monótona mais precisamente, se não fosse por um certo acontecimento que a modificou completamente. Mas um pouco de adrenalina não faz mal à ninguém. Digo isso hoje que já estou muito bem e recuperado do susto, mas na época a situação deu medo. Se peixe morresse do coração, eu já tinha ido para o beleléu . Para contar a história, voltarei um pouco mais no passado. Lembro de um dia realmente feliz em minha vida. Talvez o mais feliz de todos! Estava em meu aquário, nadando faceiro quando avistei algum daqueles seres gigantescos me olhando por entre o vidro. Cheguei a me assustar mas, reparando melhor, esse não era tão grande assim. Talvez fosse um dos filhotes da espécie. E notei que ele me apontava e gritava algo a uma pessoa próxima (depois entendi ser sua mãe). De repente uma rede entrou no copo e, num susto tentei desviarme, mas foi em vão. Esta me pegou e jogou-me numa espécie de aquário de plástico. Revoltado por terem me tirado

Exigências nem tão exigentes assim

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Alguns dias atrás estava com umas amigas em um bar conversando e, entre um papo e outro veio o assunto de homens (lógico). Elas começaram a dizer o que preferiam neles e o que não gostavam. Eu estava de corpo presente mas com a cabeça em outro lugar, como sempre, até que uma delas me perguntou qual era minha preferência masculina. Meio no susto, respondi num ímpeto que tanto fazia. Juro que foi sem pensar! Elas começaram a rir. Eu na hora não entendi muito bem porque havia falado aquilo e porque riam. No dia seguinte, analisei melhor o ocorrido e vi que minha resposta estava absolutamente certa. Sim, eu respondi que tanto fazia e é isso mesmo! Porque tanto faz se o cara é branco ou negro, se é rico ou pobre, se é mais velho ou mais novo que eu, e continuo a concordar comigo. Não significa que eu esteja desesperada e pegue o primeiro que aparecer. Tipo, "Tanto faz, o que vier está bom!" Longe disso! Na verdade, eu quis dizer que não importa os supérfluos. Sendo legal, gost

Estou melhor

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  Sim, você se foi! E por incrível que pareça não chorei com sua ausência. As ligações pararam, aquele olhar acolhedor foi embora para sempre, aqueles beijos enternecedores e aquele abraço carinhoso já viraram passado, mas por algum motivo, não estou triste. Naquele dia que nos falamos foi tudo tão estranho, você tão alheio a nós. Depois do beijo (o último, sim) parece que meu mundo desmoronou. Uma nuvem negra cobriu-me e imaginei que nunca mais sorriria. Mas agora vejo que a tempestade que viria não chegou, e então o céu se abriu num azul suave. Nunca pensei que viveria sem você ao meu lado mas, hoje sei que isso pode acontecer. Quer dizer, já está acontecendo e eu estou muito bem, obrigada! E NÓS já não existe mais. Agora sou EU e VOCÊ ! Livres para seguir cada qual seu caminho. Nossa história? Esta ficará guardada na lembrança (na minha e, creio que na sua também), mas principalmente no meu coração. Eternamente! Porque apesar de tudo, o que sentimos um pelo outro é imu

Uma explicação para o inexplicável

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Sabe quando, de repente, uma lembrança transpassa pela mente, o coração aperta, lágrimas escorrem pelo rosto? Sensação estranha de explicar. Mas é a saudade que veio dar um "oi" . Não é uma emoção ruim, apesar de ficar um pouco triste. Na verdade, a morte que é algo estranho de definir. Como pode alguém ir embora num ímpeto, às vezes surpreendendo a todos, deixando tanta coisa pela metade? E às vezes de uma forma tão triste e sofrida... Há quem diga que é coisa do destino e que estava na hora da pessoa partir. Mas que hora mais besta! Porque não morrer aos 90, 100 anos, depois de já ter vivido o bastante e feito tudo o que manda o 'script ', dormindo tranqüilamente e num suspiro se deixar levar? Tem certas coisas que é difícil de entender, de encaixar as peças desse jogo tão tempestuoso que é vida. Ou a morte! Precisava de alguma teoria concreta que faça eu aceitar certas situações. Talvez eu receba as respostas para as minhas dúvidas quando chegar a minha &q

Já vai passar

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Hoje acordei triste. Daquelas tristezas sem motivo (pelo menos não aparente), talvez inconsciente. Eu não sei . Mas por favor, não se preocupe, logo ela vai embora . Logo tudo isso terminará . Sei que você gosta de mim e se preocupa com o meu bem-estar. Quer me ver sorrindo e feliz, mas nem sempre podemos estar assim. Isso é normal . Sou um ser-humano cheio de sentimentos e emoções. Tenho meus altos e baixos. E hoje estou nos meus baixos. Você poderá dizer para eu sair, ir dançar, ouvir uma música animada, ir ao shopping, passear no parque. Ok, muito obrigada . Fico grata pela sua ajuda e gosto muito de fazer todas essas coisas mas, hoje não! Hoje quero ficar sozinha no meu quarto . Sim, eu sei que há pessoas no mundo com muito mais problemas que eu, passando fome e frio, sem família, sem roupas, sem amor. Sei que minha vida é boa, concordo contigo e mais: adoro ela! Mesmo assim, a tristeza bate, assim como do nada, a alegria vêm sem causa nenhuma. Aquela moça que você vê sempre

iYo quiero fugir para México!

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Nesses últimos dias ando com uma vontade louca de largar tudo e ir para o México. Mas porque o México? Não sei exatamente o motivo. Talvez alguma força me empurre pra lá, talvez meu futuro esteja naquele lugar. Sim, um futuro chamado Miguel, por que não? Mas ele não será meu grande amor, aquele que casarei, terei filhos e viverei feliz para sempre. Bom, a parte dos filhos até pode ser, porém terei apenas um com ele. o Eduardo, meu primogênito. Fruto de uma paixão avassaladora, tequila e uma camisinha velha (!). Só que descobrirei a gravidez quando já estiver no Brasil. E por certos motivos da vida, não ficaremos juntos, mas Eduardo sempre terá notícias do pai. Mais adiante, quando Du já tiver uns dois anos, irei à Europa fazer um curso de barista e, lá conhecerei um italiano chamado Marcello (ironia do destino), contudo esse não será apenas uma paixão, mas algo maior. Sentimento parecido com outro tido anteriormente. Linda história de amor! E dela, será concebida Sofia. Ficarei