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Mostrando postagens de julho, 2008

Silêncio

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Estava em casa. Era uma sexta-feira a tarde. Tinha feito tantas coisas naquela semana: estudos, trabalho, correria com horários, estresse, trânsito... Naquele momento eu só pensava em relaxar. Fechei as janelas para abafar o som dos carros na rua, liguei o rádio mas logo desliguei-o, era de silêncio que eu precisava. E como era gostoso "escutar" o silêncio. Aquela sensação de paz e tranquilidade que ele transmitia. Pensamentos surgiam em minha mente, mas logo os afastava. Queria conversar, questionar, ouvir o silêncio e tudo o que ele tinha para me dizer. Ouvia-o, sentia-o, cheirava-o... Estava bem acompanhada! Dizem que o silêncio é sinônimo de solidão. Até pode ser, mas nesse caso, era uma solidão necessária. Naquela hora comecei a perceber melhor as coisas ao meu redor, o barulho da torneira no banheiro, o ruído que nunca havia percebido em outras horas, da geladeira lá na cozinha, dos passos do cachorro do vizinho no apartamento de cima, do sino da igreja. Embora este

Às vezes o amor é tão complicado

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Era aniversário dele. Não sabia se ligava pelo menos para desejar "Feliz Aniversário". E se, com essa ligação tiver uma recaída? Pensou um pouco e, ligou. O carinho que ela tinha por ele era tanto que valia à pena arriscar. Ele atendeu. Ficou feliz em receber a ligação. Pelo menos foi o que sua voz demonstrava. Queria vê-la. Precisava abraçá-la, beijá-la, tocá-la... Ela disse que não podia, que estava com muitos afazeres e não sabia se teria tempo disponível. Era uma desculpa. E como isso doeu ao dizer a ele. Ela o amava e também queria vê-lo, mas naquela situação em que estavam, não podiam continuar, não podiam se encontrar. Seria pior. Quando isso terminaria, ela não sabia. Queria esquecê-lo mas, ao mesmo tempo, sentia-se muito bem ao lembrar dele e de todas as coisas que passaram juntos, por tanto tempo, tantos anos. Um sonho do qual ela não queria acordar nunca. Gostava do jeito que ele conversava com ela, a pegava no colo, a abraçava... Carinhoso, gentil, atencioso, ami

Amigos

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Fiquei fora uma semana e acabei não postando nada por aqui. Uma semana de folga já deu para esfriar um pouco a cabeça e conhecer lugares novos e " bons ares ", literalmente. Acabei nem falando do dia do amigo que foi ontem. E que legal ter um dia para homenagear aquela pessoa tão especial nas nossas vidas! Amigo é tudo de bom! Existem diferentes tipos de amigos: os amigos-irmãos, os amigos-amantes, aquele amigo "macaco gordo", que quebra qualquer galho, amigo parceiro de festas, amigo conselheiro, amigos virtuais (que às vezes são mais reais que os próprios), amigos próximos, amigos que estão longe, mas sempre em nossos pensamentos e corações... Ah, os amigos! Aos meus, obrigada pela sua amizade. Deixo um texto de Vinícius de Moraes - "Amigos" em homenagem aos meus e, àqueles que, quem sabe, ainda serão meus amigos, afinal, fazer novas amizades é também muito bom! Amigos (Vinícius de Moraes) "Um dia a maioria de n

Momento único

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Sentia-se feliz naquele dia. Aquelas sensações de vazio, carência e tristeza tinham dado uma trégua. As esperanças começavam a renascer em seu peito. A felicidade parecia estar batendo à porta, querendo entrar e ficar. Permanecer ali para sempre! O amor, então esquecido em um canto qualquer de seu coração, voltava cheio de energia. " Quero amar muito, quero viver cada segundo, quero sonhar, quero ser feliz .", dizia. Não sabia até quando poderia continuar sentindo aquela emoção tão gostosa, profunda e envolvente, mas sabia que não queria deixar de sentí-la. Um momento único. Intenso!

Penso demais, logo enlouqueço!

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Ultimamente ando pensando demais! Parece engraçado, mas é verdade. Pensamentos de todos os tipos e gêneros passam pela minha cabeça. Memórias antigas se misturam com outras mais recentes, entram em contato com alguns planos que almejo no futuro e... É confusão na certa! Meu cérebro não me dá sossego. Alguém me disse certa vez que de tanto pensar, vai começar a sair fumacinha da minha cabeça. Bem capaz! Mas que atrapalha em certos momentos, isso sim. Dizem que a meditação ajuda. Ficar prestando atenção no presente, em coisas simples do cotidiano como comer ou escovar os dentes. Tentei, mas não deu certo! Parece que alguém me chama em outra dimensão e lá vou eu "viajar" outra vez. Penso que isso seja o motivo das minhas enxaquecas: pensar demais! Minha terapeuta vive fazendo sessões de relaxamento comigo para (tentar) trabalhar a mente. Enquanto ela fala, eu devo me concentrar só em sua voz e na música de fundo. Certo, nos primeiros minutos é tranquilo, até chegar

Sem razões para acreditar

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Às vezes me sinto perdida, desorientada. Não tenho mais paciência com as pessoas ao meu redor nem tolerância para assuntos banais. Não compreendo essa gente, parece que não pertenço a esse mundo. Tantas pessoas sem educação e respeito, tanta inveja, raiva, rancor. Muita violência. Pessoas morrendo de graça pelas ruas. Medo! Estou perdendo a razão em existir, em acreditar que ainda possa ser feito um planeta melhor. Não confio mais em religiões e crenças, em políticos muito menos. Onde está a paz nesse mundo? O respeito, a dignidade? S e existir um mundo melhor que esse, quero descobrir o caminho e fugir pra lá o mais rápido que puder. Mas será que há um lugar melhor?

O que eu quero, eu nao sei

Quando eu tinha uns 5 anos queria ser astronauta quando fosse grande. Ficava horas na janela, à noite, vendo as estrelas, a lua, me imaginando voar naquele infinito lá longe. Tinha livros sobre o sistema solar, sabia de cor o nome de todos os planetas e sua ordem, seu tamanho. Montava maquetes. As histórinhas em quadrinhos do "Astronauta", personagem do Maurício de Souza me fascinavam e eu viajava em meus pensamentos e sonhos. Inventava brincadeiras. Até que um dia me disseram que para ser astronauta não era fácil e nada do que imaginava. Desanimei. Acabou passando um tempo e desencanei dessa ideia. Logo que entrei na 1º série, tinha uns 7 anos, queria ser professora quando crescesse. Na verdade não somente eu, mas todas as meninas da minha turma. Acho que pelo fato de a professora fazer um papel protetor, depois da mãe claro, de ficarmos grande parte do dia com ela, e pela grande função de um professor que é ensinar. Aí veio alguém que me disse: "Ser professor não é

Devaneios de amor

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Um lindo dia, sol brilhante, céu azul, PEQUENOS PÁSSAROS voavam pelos cantos das árvores e MADAME BOVARY descansava a beira do lago divagando sobre o amor, CORAÇÕES E VIDAS , temas tão complexos. Lembrava dos tempos de criança, na escola. Sonhadora! Acreditava que HOMENS E ANJOS eram criaturas semelhantes. Aquelas MEMÓRIAS DE UMA MENINA CATÓLICA eram tão intensas que fizeram-na se emocionar. Recordava-se das aulas e dos mestres que a ensinaram tantas coisas. MRS. DALLOWAY , sua professora preferida, certa vez deu a tarefa à turma de escrever TRÊS CONTOS para a próxima aula. Era um concurso de melhores histórias. Naquela época, enviava CARTAS A UM JOVEM POETA , seu primo que foi estudar na França. Se correspondiam todos os meses. Resolveu, então, em um desses contos, colocar uma dessas cartas, a que mais se destacava entre as outras: A CARTA DE AMOR . O amor de uma adolescente de 13 anos e seu primo. Um amor inocente, juvenil. Naqueles papéis exalavam O PERFUME DE JITTERBUG , seu

Divagações

Outro dia me perguntaram qual era meu maior sonho. Fiquei pensando, acho que não tenho exatamente sonhos, mas planos para o futuro. Estes, tenho muitos. Sonhos são tão abstratos! **************************************** Meu coração anda meio fraco ultimamente, desiludido. Cansou de sofrer! Nunca fui namoradeira, mas tive algumas paixões que me marcaram muito e um único amor. Sou uma pessoa muito intensa, e no quesito "coração" mais ainda. Quando gosto de alguém de verdade, vivo o momento com muita emoção. Acho que é por isso que me machuco tanto também. Um pouco de impulsividade, talvez. ***************************************** Ultimamente nem sei em que acredito ou deixo de acreditar. O mundo anda tão complicado e a vida sempre cheia de problemas que me sinto um pouco cética em relação às coisas desse mundo. ****************************************** Se eu fosse me descrever em uma palavra, acho que seria "sensitiva". Me refiro em termos emocionais.