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Mostrando postagens de março, 2010

Coração tranquilo

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Passava por dias turbulentos. As coisas não iam muito bem. Parecia que estava numa espécie de inferno astral ou algo do tipo. A ansiedade acompanhava-a dia a dia. Insônia não era seu problema, porém andava tendo noites agitadas com sonhos estranhos. Numa dessas noites entretanto, no meio da madrugada, ela recebeu uma mensagem no celular. Meio sonolenta e confusa, leu-a. Por algum motivo aquela mensagem lhe fez bem. Não só pelo que estava escrito nela, mas também por ver quem lhe havia enviado. Quanto tempo não tinha notícias dele. Que saudade! Naquele momento, sentiu um alívio no peito, um otimismo no ar... E uma certeza de que aquela amizade não terminaria. Não importa o que acontecesse, o carinho entre eles dois era recíproco e isso era o que importava. Feliz, ela virou-se para o lado e dormiu profundamente, num sono acolhedor e tranquilo.

Esquecer não é a questão

Ontem, dando uma visitada em alguns blogues na internet, me deparei com um texto da Martha Medeiros, uma escritora que admiro muito por sinal,  e que tem muito a ver com a situação que estou passando. Resolvi, então, postá-lo por aqui: Tire-o da Cabeça Você estava apaixonada por alguém e levou um fora. Acontece mais do que acidente de avião, desastre com romeiros e incêndio na floresta. Corações partidos é o grande drama nacional. O que fazer? Ainda não lançaram um manual de auto-ajuda que consiga eliminar nossa fossa, e dos amigos só podemos esperar uma frase, repetida à exaustão: tire esse cara da cabeça. Parece fácil. Mas alguém aí me diga: como é que se tira alguém de um lugar tão cheio de mistérios? Gostar de alguém é função do coração, mas esquecer, não. É tarefa da nossa cabecinha, que aliás é nossa em termos: tem alguma coisa lá dentro que age por conta própria, sem dar satisfação. Quem dera um esforço de conscientização resolvesse o assunto: não gosto mais dele, n

O valor da vida

Li um livro mês passado que me deixou um tanto pensativa. O nome dele é "As cinco pessoas que você encontra no céu" de Mitch Albom e fala sobre Eddie, um empregado da manutenção de um parque de diversões que morre no seu aniversário de 83 anos, em um acidente. Minutos antes de sua morte, ele se dá conta que teve uma vida sem propósito, sente-se frustrado por não ter aproveitado melhor dela, por não ter feito escolhas que talvez lhe dessem mais prazer e entusiasmo. E no céu ele encontra cinco pessoas que de alguma forma estavam ligadas a ele, e assim lhes mostram significados de sua existência. Uma fábula para refletirmos o verdadeiro valor da vida. O que mais chamou minha atenção e o ponto que me deixou pensando a respeito, é quando o autor mostra que todas as vidas estão interligadas, e podemos modificar o destino de cada uma através de pequenas atitudes. A nossa existência não só é importante pra nós mesmos, como para todas as pessoas ao nosso redor e, igualmente elas sã

O coração não sabe esquecer

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Como pode alguém esquecer um sentimento? Essa é uma pergunta que estou a tempos tentando desvendar. As pessoas (lógicas e racionais) quando se deparam com alguém que teve uma desilusão amorosa, logo falam para animá-la: "Esquece essa pessoa. Ele(a) não te merecia." ou "Um amor se esquece com outro amor." Sei que elas fazem isso de bom grado, pois querem nos ver felizes , todavia não concordo com nada disso. Primeiro que esquecer alguém de quem a gente teve (ou ainda tem) um sentimento intenso e grandioso não é assim tão simples. Na real, é praticamente impossível. E outra, pessoas que nos marcaram, mesmo tendo nos ferido, deixam  estigmas e isso não se apaga. O que pode acontecer é amenizar as cicatrizes no decorrer do tempo e, assim vamos vivendo e conhecendo outras pessoas. Esquecer um amor com outro amor também não funciona. Como diria Mário Quintana : "...Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem. Você não só não esquece a o

Expectativas

Ando numa ansiedade tão grande nesses últimos dias. Uma fome incontrolável de algo que não é comida, uma sede de infinito. Expectativa demais para um futuro incerto, é assim que eu estou. Talvez pelo fato do meu aniversário estar próximo e a "casa dos 30" também, ou por saber que poderia estar encaminhada em qualquer uma das áreas da vida, seja profissional ou amorosa, mas não estou na metade do percurso de nenhuma delas ainda. Estou numa encruzilhada quanto à minha profissão. Ando mais confusa hoje do que na época do ensino médio, onde tentava decidir qual curso fazer no vestibular. Não sei se continuo com a profissão escolhida, se uno ela a alguma outra área que me encanta ou se deixo ela de lado e vou tentar outra coisa. Sinceramente, certeza não tenho nenhuma. De nada. E no quesito "relacionamentos" não está muito diferente. Apesar do turbilhão de coisas que aconteceram ano passado e mexeram muito com minha mente (e meu coração), continuo com incógnitas que me

Clariceando...

"Mas de vez em quando vinha a inquietação insuportável: queria entender o bastante para pelo menos ter mais consciência daquilo que ela não entendia. Embora no fundo não quisesse compreender. Sabia que aquilo era impossível e todas as vezes que pensara que se compreendera era por ter compreendido errado. Compreender era sempre um erro - preferia a largueza tão ampla e livre e sem erros que era não entender. Era ruim, mas pelo menos se sabia que se estava em plena condição humana". ( Clarice Lispector ) Quando não há palavras pra descrever certos sentimentos, nada melhor que Clarice. Pode ser cliché mas ela, muitas vezes, fala por mim. Como nesse instante da minha vida.