sobre a sorte que o amor me dá.

Quando criança, encontrei um trevo de quatro folhas num pequeno livro de orações da minha vó. Achei que era de mentira, afinal já estava seco. Parecia de papel. Naquela época, eu conhecia trevo de quatro folhas pelos gibis que eu lia, da Turma da Mônica. E eu sabia também, que dava uma sorte danada pra quem achava um, por ser tão difícil encontrar. Aí uma vez, brincando de desbravar mundos com meu primo, inventei de procurar trevos de quatro folhas nos jardins do clube que frequentávamos. Eu queria muito a tal sorte do trevo. Passamos a tarde toda procurando a bendita plantinha. De tanto mexer na terra, encontrei montes de trevos de três folhas, alguns de cinco. 'E se tirássemos uma folha, vira quatro', eu dizia. Mas mentir pra si mesmo não ia trazer sorte alguma, bem eu tinha aprendido por aí, e confirmei anos mais tarde. Frustrada, esqueci a história dos trevos. Virou lenda. Foi então que nesse final de semana, meu namorado chegou em casa com os olhos brilhando e feliz: 'Tenho algo pra ti. Pra nós! Achei hoje de manhã. Sob meus pés." (Que ironia, vida!) E lá estava um trevo de quatro folhas bem verdinho. E o amor. Ambos, como eu sempre quis encontrar.

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