sobre esperar a inspiração chegar: acho chato. sou
impaciente. faço café para passar o tempo. pego um livro de crônicas. leio um
pouco. troco para outro de relatos. mais um, desta vez, de contos. assisto
algumas séries. filmes pela metade. documentários de gastronomia. vou dar uma
volta. compro frutas. e granola. esqueço de comprar café. fico brava comigo
mesma. por alguns segundos. presto atenção nas pessoas ao redor. distraídas,
confusas, apressadas. gente esquisita (que no fim, devem pensar o
mesmo de mim). passo por uma senhora com o semblante triste. ela realmente
parece muito triste. sorrio. ela sorri de volta. acho que fiz alegria em um
milésimo do seu dia. fico bem (e até esqueço que esqueci de comprar café).
passo por uma moça com uma menina pequena segurando pela mão. a criança sorri
pra mim. veja como o universo me retribui o que lhe dou! volto pra casa feliz.
e a inspiração ainda não apareceu. depois de algum tempo, já esquecida disso,
no meio da elaboração de um plano nutricional, percebo - finalmente - que a
inspiração estava comigo há horas, e me acompanhou todo o tempo. como companhia
invisível. na minha distração nem a vi. criei o tempo todo e nem reparei. o
texto se escreveu por si no decorrer do dia. repassei-o mentalmente. li nas
entrelinhas. e o que senti, então fez sentido.
Quanta coisa a gente (não) faz, depois quer voltar atrás...
Voltando da primeira etapa de férias... Sim, minhas férias este ano estão divididas em duas etapas (dou-me a esse luxo enquanto posso, vai saber o dia de amanhã, né?!) e, nessas duas semanas que passei em Torres, no litoral gaúcho, descansei, li muito, passeei e, caminhei bastante também (o que fez eu voltar 1 quilo mais magra). E nessas caminhadas na beira da praia, eu e meu mp4, entre uma música e outra, devaneios e lembranças fiz uma espécie de balanço de certos aspectos já vividos até aqui. Numa das músicas escutadas, mais precisamente aquela do Armandinho em que o refrão diz: " Quanta coisa a gente faz, depois quer voltar atrás!" , ao escutá-la comecei a pensar sobre arrependimentos e concluí que eu não me arrependo pelo que fiz na vida, mas pelo que não fiz. Pois é isso mesmo! Tudo o que foi feito, aprendido, aventurado, mesmo sendo errado, no fundo foi bom pra mim. Se não era certo, algo eu aprendi e trouxe para hoje o fato de saber que não devo repetí-lo. Mas, e o ...
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